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Saturday, April 12, 2008

[Off-Topic] Mercado de Trabalho na Informática

Bem galera, como dei uma parada em java vou postando outros conteúdos que estou produzindo. Fiz um trabalho pra meu curso de Licenciatura em Computação com o tema Mercado de Trabalho na Infomática, o que você espera do mercado, o que o mercado espera de você.

Abaixo segue o conteúdo. Estou disponibilizando os links para download do conteúdo em PDF. Espero que gostem.

Dúvidas e (in)certezas sobre o mercado de trabalho

Junto com a informática e o desenvolvimento de novas tecnologias surgiu uma gama de áreas para se trabalhar. A quantidade de profissões é enorme, assim como a quantidade de programas e equipamentos existentes no mercado, isto é, as possibilidades ligadas à areá de informática hoje em dia são inúmeras e estão aumentando cada vez mais. No início da era da computação as profissões eram basicamente 4: analista, programador, operador e digitador. Hoje em dia para cada software há uma especialização, um certificado. Esse mar de oportunidades gera uma certa ansiedade no profissional da área, que acaba confuso se deve se especializar, em que se aprofundar, ou mesmo qual área ele realmente quer atuar.

Após formado, o profissional tem uma extensa lista de possibilidades e pode ter dificuldades em decidir com o que quer de fato lidar. Levar em consideração o próprio perfil pode auxiliar muito na escolha, assim como o que lhe é mais fácil de lidar e a aprender. Mas seria muito simplório levar em consideração apenas esses fatores. É inegável que observar as atuais e futuras necessidades do mercado de trabalho são essenciais para não ficar “na mão” de uma hora para a outra. A tecnologia avança em passos largos e o que hoje é atrativo, interessante ou promissor, pode ser rapidamente substituído por algo que faça mais rápido, fácil e melhor.


O segmento de serviços na área de informática

Ao contrário do que pode parecer, não é fácil definir uma área que se deseja trabalhar, além de conhecimento, um perfil específico é fundamental. Temos as seguintes atividades compondo o segmento de Serviços em Informática atualmente:

  • Consultoria em Sistemas de Informática – reúne atividades de assessoria ou consultoria em sistemas e programas de informática, help desk, serviços de apoio na configuração de equipamentos (hadwares), de aplicativos e instalações de sistemas de informática (softwares).

  • Desenvolvimento de Programas de Informática – refere-se ao desenvolvimento, produção, fornecimento de documentação e edição de programas de informática, softwares e serviços de desenho de páginas para Internet (web design).

  • Processamento de Dados – comporta os serviços de entrada e processamento de dados, CPD; digitação; gestão e operação de equipamentos de processamento de dados pertencentes a terceiros; aluguel de hora em computador, serviços de escaneamento de documentos; serviços de hospedagem de páginas (web hosting).

  • Atividades de Banco de Dados – reúne serviços de editoração eletrônica para produtos on line e serviços de portal de busca da web.

  • Manutenção e reparação de máquinas de escritório e de informática – refere-se a manutenção e reparação de computadores de pequeno porte e outros equipamentos de informática, tais como impressoras e periféricos.

  • Outras atividades de informática, não especificadas anteriormente – referem-se às atividades de recuperação de panes informáticas e serviços de instalação de programas de informática.

No caso das atividades de Serviços em Informática, as microempresas empregaram 27,5% de trabalhadores formalmente registrados, enquanto as grandes empresas (com mais de 500 trabalhadores), significaram 32,4%. Esses dados demonstram, portanto, um equilíbrio da capacidade de geração de empregos formais entre as grandes e as microempresas nas atividades de Serviços em Informática, consideradas características da “Nova Economia” a partir do crescimento do setor de Serviços e da penetração das tecnologias da informação.

Em outros casos o profissional da área pode ter interesse em se tornar um profissional liberal e controlar seus serviços e clientes. Nada se compara ao setor de informática quando a questão é a prestação de serviços. Onde houver um computador certamente haverá várias necessidades, sejam em manutenção, seja redes, softwares de automação comercial ou uma simples conexão com internet. E novamente nos deparamos com o dilema: Que tipo de serviço prestar para os clientes da minha região? Me especializar ou atender todos os tipos de solicitações?


Em que profissão eu vou?

Nada melhor do que conhecer as diversas áreas disponíveis e o que exatamente executam para definir o que melhor se encaixa aos interesses pessoais. Claro que nada substitui a experimentação, mas já é de grande avalia saber com o que se manipulará. Abaixo segue uma lista de serviços que podem ser prestados por um profissional da área, ressaltando-se é claro que as possibilidades não se esgotam por aqui.

  • Digitador: pessoa treinada em digitação de dados, num determinado sistema, com rapidez em datilografia.

  • Operador de Microcomputador, de Computador ou de Terminal: pessoa treinada para operar determinado equipamento de processamento de dados. Formação: 1º Grau.

  • Programador: pessoa habilitada em programação com uma ou mais linguagens de programação. Formação: Superior ou Técnico.

  • Analista de Sistemas: pessoa com habilitação em Análise e Programação de Computadores. Dever ter formação superior ou ser especialista em uma determinada atividade da empresa.

  • Gerente de CPD: pessoa escolhida pela diretoria da Empresa, com longa experiência em Análise de Sistemas e conhecedor das atividades principais da empresa. Deve ter aptidão para a liderança e ser profundo conhecedor dos equipamentos e das atividades do CPD - Centro de Processamento de Dados (hoje em dia poucas empresas possuem um CPD).

  • Técnico: pessoa capacitada em eletrônica que monta e conserta computadores (mexe somente com a parte de hardware).

  • Consultor: presta assessoria na área de informática.

  • Engenheiro de Software: conhece amplamente as linguagens de programação de baixo nível (código de máquina) e cria softwares aplicativos de controle e genéricos.

  • Especialista em Sistema de Informação: pessoa capaz de adquirir, organizar, desenvolver e gerenciar serviços, sistemas e recursos da tecnologia de informação para uso em processos organizacionais.

  • Web Designer: desenvolve homepages para a internet.

  • Web Master: cuida da manutenção de sites na internet (trabalha no provedor de acesso à internet).

  • Desenvolvedor de Sites: cabe-lhe desenvolver e tornar um site competitivo no mercado. Precisa ter conhecimento técnico afiado, criatividade e conhecimento profundo do negócio da empresa, deve também saber mudar de acordo com a vontade do cliente.

  • Programador de Internet: cria programas para uso na internet, mas deve ter um conhecimento a fundo das linguagens de programação para a web e também a utilização de objetos distribuídos, para compor uma tecnologia que suporte o crescente aumento de usuários da web.

  • Produtor Executivo para a Web: é também conhecido como arquiteto de soluções, projeta sites, alinha os custos e apresenta soluções para construir sistemas para a internet, além de cuidar também do back office.

  • CIO - Chief Internet Officer: nada mais é do que diretor da Web, ou executivo de e-business. Necessita entender como funciona cada tecnologia do mundo cibernético e como transformá-la em diferencial estratégico de negócios. Não precisa ser especialista em nada, mas tem que entender de marketing e planejamento estratégico.

  • Executivo de Comércio Eletrônico: pessoa com tino comercial, conhecimento de tecnologias de internet e de sistemas de ERP, supply chain, CRM, logística e métodos de relacionamento com clientes.

  • Expert em Segurança de Sites: também conhecido como Web Security (são hacker do bem), deve planejar e implantar a política de segurança que será adotada pela empresa para manter seu site longe de hackers e crackers. Precisa entender de várias tecnologias, como os programas de firewall e de criptografia, protocolos de rede, roteadores, switches e programas usados para entrar à força nos sites.

  • DBA - Administrador de Banco de Dados para a Web: pessoa especializada em banco de dados voltados para a Web, seja para o e-commerce (comércio eletrônico), como para os portais e sites de busca. Precisa conhecer as linguagens tanto do lado do servidor, quanto do lado do cliente.

  • CKO - Chief Knowledge Officer: ou seja, Diretor de Conhecimento, pessoa que administra o capital intelectual da empresa. Precisa entender de tecnologia, de internet, intranet, banco de dados e linguagem SQL, deve também conhecer completamente o negócio e o mercado que a empresa atual.

  • Especialista em Conectividade: pessoa que presta serviços em redes corporativas. Deve verificar sistemas que possam ser programados para mudar de rota ao aparecer um defeito na rede.

  • Arquiteto de Interface para Internet Móvel: cria interfaces para web móvel, ou seja, internet para celulares e palms. Há a necessidade de conhecer a fundo o hardware (no caso, os palms e celulares) e as linguagens de programação para esse equipamento, além de estar sempre por dentro das novas tecnologias.

  • Especialista em Recuperação de Desastres: pessoa capaz de colocar tudo de volta no ar, o mais rápido possível, após um ataque de vírus ou de crackers a um site.

  • Caçador de Piratas e Fraudadores: normalmente um ex-cracker, pessoa capaz de encontrar fraudadores e sites piratas. Presta serviços pra empresas de segurança, bancos entre outros orgão em empresas que necessitam de segurança em seus projetos.

  • Programador de TV Interativa: pessoa especializada em integrar conteúdo de internet e comércio eletrônico com programas de TV que sejam divertidos e que prendam a atenção do telespectador.

Tudo em um

Sendo mais objetivo em relação ao profissional (de qualquer área), ele deve ser especialista em um assunto, para se tornar referência naquele assunto. Pode se entender de um bando de coisas, mas quando alguém fala o nome do "tal profissional" no mercado a primeira coisa que vem a cabeça é "Hardware", por exemplo, e não Redes ou Negócios na Internet. Dessa forma, é importante sim ser um especialista em um determinado assunto e focar sua fonte principal de renda e de divulgação nele. As demais áreas pode-se ir explorando com o tempo, ou o que me parece mais sensato: montar uma equipe onde haverá colegas realmente especialistas nos outros assuntos, com quem pode-se passar os clientes e ir acompanhando, até mesmo para aprender mais. Assim, em vez de se concentrar todo o trabalho em uma única pessoa, será distribuído tarefas, permitindo até mesmo conseguir mais clientes e atendê-los de forma mais adequada.


O que está faltando no mercado de trabalho não são técnicos, mas sim técnicos que atendam bem seus clientes, técnicos que estejam preocupados com qualidade e ética. Conseguindo criar essa cultura dentro do negócio e usar isso como diferencial junto aos clientes, rapidamente seus eles irão divulgar os serviços para novos potenciais clientes.

Tomando sempre o cuidado de não cair na armadilha de tentar fazer tudo ao mesmo tempo e não conseguir atender ninguém bem, ou mesmo nem conseguir executar os serviços dentro do prazo. Daí a sugestão de montar uma equipe com especialistas em cada área de atuação do negócio.


Finalmente, não idealize a profissão, procure conhecê-la


Quando era criança, Christian Carbone Matos gostava de construir castelos de areia e ficava encantado com prédios altos. Quando chegou o momento de se inscrever em um curso, a escolha foi óbvia: engenharia civil. Ele entrou na Poli (USP) aos 18 anos, mas, no começo do quarto ano de faculdade, desistiu. Prestou novamente vestibular e hoje, com 25, está no terceiro ano de psicologia.


Assim como aconteceu com ele, é comum que pessoas acreditem que já sabem o "querem ser quando crescer" se decepcionem com o que estão fazendo, ou podem não se adaptar bem a uma determinada da área.

O planejamento de carreira é algo dinâmico que pode ser revisado periodicamente, permitindo mudanças e reformulações. Uma área como a informática onde um tipo de serviço e outro estão tão próximos pode confundir e induz o profissional a fazer uma escolha que futuramente se arrependa, ou simplesmente considere que há outra de maior interesse.

Finalmente faça uma analogia com um vôo. O seu vôo deve ser do tamanho dos seus sonhos, dos seus conhecimentos e da sua determinação; mas sempre é bom ter em mãos um “plano de vôo”, porque é importante saber o destino desejado, as condições de tráfego aéreo e a quantidade de combustível disponível. E por último mas não menos importante, faça o que goste.


Texto em PDF, clique aqui para fazer o download.

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